Elizabeth de York [Isabel de Iorque]

Isabel de Iorque (11 de Fevereiro de 1466 – 11 de Fevereiro de 1503) foi a rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra, filha do rei Eduardo IV e da sua consorte Isabel Woodville. É também a única mulher na história de Inglaterra a ter sido filha, irmã, mulher e sobrinha de monarcas reinantes.
Elizabeth de York nasceu em Westiminster em 11 de fevereiro de 1465. Ela era filha de Eduardo IV e Elizabeth Woodville. Nascida em uma das casas conquistadas na luta que viria ser chamada de “A guerra das Rosas”, as pessoas poderiam pensar que ela teve uma infância difícil. Na verdade ela estava vivendo uma vida agradavelmente segura até que seu pai morreu, em 1483. Quando ela tinha cinco anos, foi prometida a George Neville,filho de John, Conde de Northumberland, mais tarde Marquês de Montagu, e Neville foi criado como Duque de Bedford, mas seu pai mudou de lado contra o Rei, e Bedford foi privado de todos os seus títulos e seu compromisso com Elizabeth foi cancelado. Em 1475, seu pai planejava casá-la com Louis, o Francês Delfim, mas Eduard logo descobriu que Louis não tinha a intenção de manter suas obrigações e portanto o noivado foi rompido. Bernard André, um poeta e historiador, sugere que Eduard ofereceu Elizabeth a Henrique de Richmond, mas ele recusou, achando que era uma armadilha para colocá-lo em poder do Rei.
Após a morte do pai de Elizabeth, as coisas tomaram um rumo decididamente ruim. Elizabeth Woodville, mãe de Elizabeth, queria que seu filho Edward V fosse para Londres com um forte exército, mas seus desejos não foram honrados e ele partiu apenas com os atendentes usuais, foi fácil para seu tio Ricardo, Duque de Glouceser, interceptar a caravana e levar o jovem Rei para os alojamentos na Torre de Londres.
Elizaberth Woodville deve ter desconfiado desse movimento de Ricardo e levou seu último filho, Richard, Duque de York, e suas seis filhas para a Abadia de Westminster. Entretanto, Elizabeth deixou que seu filho de juntasse a Edward na Torre sobre a premissa de que o jovem rei estava solitário, sob a proteção de Ricardo. Foi nessa época que os dois príncipes (tecnicamente, um Rei e um princípe) desapareceram, e o irmão do falecido Edward IV tornou-se Rei Ricardo III.
A mãe de Elizabeth fez um plano junto com Margareth Beaufort para casar os dois filhos, Henrique e Elizabeth. Em 25 de dezembro de 1483, na Catedral de Rennes, na Bretanha, onde ele estava no exílio, Henrique Tudor jurou se casar com Elizabeth assim que ele conseguisse o trono.
Ricardo III, é claro, já estava determinado a por esse plano abaixo assim que ele ficou sabendo. A Titulus Regius é simplesmente o documento na qual Ricardo expôs sua pretensão ao trono. Resumidamente: o irmão de Ricardo, Eduardo IV, tinha um compromisso com Lady Eleanor Butler, em seguida, quando Eleanor ainda estava viva, ele se casou com Elizabeth Woodivlle, tornando as crianças dessa união ilegítimas, e assim, invalidou a pretenção ao trono, tornando o rei Ricardo III legítimo.
Quando a esposa de Ricardo III morreu em 1485, ele propôs se casar com Elizabeth de York, felizmente, seus acessores o convenceram a deixar de lado esta estranha idéia.
Quando Henrique de Richmond desembarcou em Milford Haven, Elizabeth foi enviada para Sheriff Hutton, perto de York, para ficar segura. A vitória de Henrique em Bosworth significou a libertação de Elizabeth e sua viagem a Londres para encontrar o homem a quem estava prometida a se casar.
Henrique atrasou o casamento a um certo número de meses, possivelmente porque queria deixar claro que ele era o Rei de Inglaterra por seus próprios méritos e não porque estava se casando com a herdeira de Eduardo IV, ou talvez por simples razões práticas. o Parlamento estava impaciente com o atraso e antes do Natal de 1485 a Câmara dos Comuns pediu que honrasse sua promessa. Assim, em 18 de janeiro de 1486, tendo adquirido a dispensa papal, o casamento foi celebrado. Assim, as duas casas reais – York e Lancaster – foram finalmente unidas. O casamento deles simbolicamente pôs fim à Guerra da Rosas (apesar de rebeliões surgirem durante o reinado de Henrique) e foram responsáveis pela criação da Rosa Tudor, a união da Rosa Branca de York e a Rosa Vermelha de Lancaster.
Elizabeth é uma das menos importantes, porém não menos atraente das rainhas da Inglaterra. Pouco se sabe sobre ela. Há provas que sugerem que as relações dela com Henrique VII eram boas, de que eles foram felizes. Elizabeth e Henrique tiveram sete filhos e quatro sobreviveram a infância: Artur, Margareth, Henrique e Maria. Existe uma comovente relato de como Henrique VII deu a notícia da morte do príncipe Artur a Elizabeth: “Com palavras consoladoras ele disse que deus ainda havia deixando para eles um príncipe justo e duas princesas justas, e que ambos eram jovens suficiente.”
Ela parece ter sido bonita, bondosa, gentil e generosa com suas relações, seus funcionários e benfeitores. Sua renda não cobriu as despesas. Ela gostava de dançar, de música, caçar, ela foi amante de arco e flecha. É sabido que Henrique VII assinava pessoalmente o livro de Tesoureiro de sua Câmara, mas poucos sabem que Elizabeth assinava suas próprias contas.
Elizabeth morreu em 1503 em seu 37º aniversário. Quando ela morreu, o rei estava perturbado e partiu secretamente a um luga deserto, e nenhum homem deveria falar com ele, segundo um relato. Ele nunca se casou novamente, mas isso foi considerado, principalmente por causa de seu poder diplomático. Embora Henrique estivesse com poucas economias, ele deu a Elizabeth um funeral esplêndido. Ela foi enterrada na Abadia de Westminster.

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